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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Estudo e evolução do comércio tradicional

Comércio tradicional versus comércio de proximidade


Confunde-se comércio de proximidade com comércio tradicional, porque existe já a ideia, pré-definida, de que o comércio tradicional está mais próximo do cliente. Será assim?

O comércio não é mais do que o elemento do sistema geral da distribuição, mesmo ali posicionado entre a produção e o consumo de bens e serviços, com a função de disponibilizar as mercadorias ao consumidor – pessoa, empresa ou instituição.

Por sua vez, o conceito de comércio de proximidade refere-se ao espelho do comércio próximo da sua procura física mas principalmente social, cultural, patrimonial e comercial. Ora neste conceito cabe o de comércio tradicional – assim como o de comércio de rua, comércio independente, entre outros.


O comércio de proximidade é uma definição alargada onde se inclui o comércio tradicional. Compreende-se que no comércio tradicional não existe preocupações tecnológicas e de eficiência proporcionada pela modernidade. Nem mesmo nas práticas de negócio, de gestão e atividades do dia-a-dia.


No entanto o comércio de proximidade está cada vez mais dentro da modernidade que o cliente procura.


Devemos manter a essência do comércio tradicional que tinha como pressupostos a forma de compra e venda num ambiente de proximidade entre vendedor e cliente, a qual só se verifica em locais de pequena e média dimensão, onde vamos e compramos através de uma base sólida de confiança, tanto na qualidade como na escolha selectiva dos produtos. 


Mas acompanhando a modernidade e práticas de gestão adaptadas aos novos tempos e sobretudo novos consumidores.


Comerciantes de antigamente versus novos comerciantes


É possível dividir os comerciantes em dois grupos: os de antigamente e os novos comerciantes. 


O comerciante de antigamente vive amargurado e deprimido. Perdeu a força anímica e a vontade de se adaptar às novas exigências como, por exemplo, uma simples montra. Pensa que ainda será possível regressar aos bons e velhos tempos em que o cliente entrava e não era necessário qualquer esforço para vender. 


Passa o tempo a recordar esses tempos, desejando que o tempo retroceda e volte a ser o que era antigamente. 


Estes comerciantes de antigamente, que aprenderam tudo sobre vendas, negócio e clientes desde criança, passam por momentos de ansiedade sem precedentes.


Os novos comerciantes, que apostaram no comércio como solução para o desemprego, movidos pela moda do empreendedorismo, sonhos de enriquecimento fácil e um otimismo excessivo, sem preparação e conhecimento suficiente, depressa perceberam a dificuldade das opções que tomaram.


Só mais tarde se aperceberam que num mercado saturado de oferta, só se consegue sobreviver se forem de encontro às reais necessidades do consumidor e tiver uma aposta clara na diferenciação.


Neste mercado não se pode viver de sonho e expectativas. Não se pode esperar que tudo volte a ser o que era antes.


Os tempos mudaram, e mesmo que o cliente volte a ter o capital para investir, vai escolher a modernidade, diferenciação, criatividade e inovação.


Há que estar preparado, antecipar as necessidades, surpreender os clientes. Dia sim, dia sim...

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