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terça-feira, 19 de julho de 2016

Glossário Básico de Empreendedorismo




Análise Ambiental – Estudo feito visando conhecer mais detalhadamente os agentes e fatores que, por ventura, podem influenciar o planeamento da empresa.

Ativo Circulante – Compreende o dinheiro em caixa, os saldos bancários e todos os valores que podem ser convertidos em dinheiro imediatamente.

Ativo Fixo – São os imóveis, os equipamentos, os utensílios, as ferramentas, as patentes, tudo aquilo que é essencial para a empresa continuar a operar e que não pode ser convertido em dinheiro imediatamente.

Balanço Patrimonial – Levantamento contável que demonstra a situação económico-financeira de uma empresa. Agrupando, racionalmente, os saldos credores e saldos devedores da empresa em dado período, o balanço representa a exata situação económico-financeira da empresa e constitui o documento oficial com que se dão por encerradas as operações contáveis do período contemplado.

Capacidade de Pagamento – É realizada através de dados indiretos que nos permitem inferir acerca da capacidade de pagamento. Utilizam-se alguns indicadores: a) avaliação da experiência dos proprietários do setor; b) análise da capacidade de produção; c) análise da capacidade de comercialização; d) análise de recursos humanos; e) análise do fluxo de caixa.

Capital de Giro – Significa capital de trabalho. São os recursos utilizados para financiar as operações da empresa, em decorrência das atividades de comprar, produzir, e vender. De um modo geral, estes recursos estão nas seguintes contas: Disponibilidades; Duplicatas a Receber; Stocks de Matérias-primas, produtos em elaboração, produtos acabados e/ou mercadorias.

Ciclo Económico – Inicia-se com a compra da matéria-prima e vai até o dia da venda do produto acabado. Perceba que este ciclo não se preocupa com as condições de pagamento.

Ciclo Financeiro – Inicia-se com o pagamento da matéria-prima e vai até o recebimento da venda do produto acabado.

Concordata – Recurso jurídico que permite a continuação do comércio da empresa insolvente (incapaz de saldar os seus débitos nos prazos contratuais). Distingue-se, portanto, da falência, quando a empresa insolvente cessa todas as suas atividades.

Concorrência Direta – Também chamada livre-concorrência. Situação do regime de iniciativa privada em que empresas competem entre si, sem que nenhuma delas goze da supremacia em virtude de privilégios jurídicos, força económica ou posse exclusiva de certos recursos.

Concorrência Indireta – É aquela em que ocorre a competição entre empresas de ramos diferentes. Ex.: Uma pessoa pode viajar para Nova York ou comprar um sofá para sua sala de estar. Assim, a agência de viagens e a loja de móveis são concorrentes indiretos.

Contas a Pagar – Relação das contas e obrigações de uma empresa.

Contas a Receber – Relação das receitas que uma empresa tem a receber.

Cookies – É um arquivo armazenado no seu disco rígido que é utilizado para identificar o seu computador ou suas preferências para um computador remoto. Os cookies são utilizados com frequência para identificar visitantes em sítios da Web.

Curva de Oferta – Relação entre o preço de mercado de um produto e a quantidade desse mesmo bem, que os produtores se dispõem a destinar aos consumidores. É representada numa escala gráfica, cujo eixo vertical regista os preços do mercado e o eixo horizontal a quantidade de produto destinado aos consumidores.

Custo Direto – Custos que podem ser identificados diretamente com uma unidade do produto.

Custo Fixo – Custos cujo montante não varia proporcionalmente ao volume produzido ou vendido, como: aluguer, renda, etc.

Custo Indireto – Custos atribuídos à fabricação que não podem ser economicamente relacionados com as unidades que estão a ser produzidas.

Custo Variável – Custos cujo montante varia de acordo com o volume produzido ou vendido e serviço prestados, como: matérias-primas, material secundário, etc.

Custos – Gastos efetuados pela empresa na elaboração de produtos ou na prestação de serviços.

Demanda – Ou procura, é a quantidade de um bem ou serviço que um consumidor deseja e está disposto a adquirir por determinado preço e em determinado momento.

Depreciação – Redução do valor do ativo em consequência do desgaste pelo uso, obsolescência tecnológica ou queda no preço de mercado – geralmente de máquinas, equipamentos e edificações.

Despesas – Gastos que servem como apoio para que as empresas atinjam os seus objetivos, como: salários administrativos, telefones, etc.

E-business – Significa fazer negócios eletrónicos aproveitando os recursos da internet em todas as áreas de uma empresa.

E-commerce – Comércio eletrónico. É o comércio feito pela internet procurando usar todas as vantagens do mundo online.

Economia de Escala – Produção de bens em larga escala, com vista a uma considerável redução nos custos. Também chamada de economias internas, as economias de escala resultam da racionalização intensiva da atividade produtiva, graças ao emprego sistemático de novos engenhos tecnológicos e de processos avançados de automação, organização e especialização do trabalho.

Empreendedor – Em português, é utilizado com o mesmo sentido, tanto a palavra empreendedor como empresário. Segundo ANSOFF (1990), o empreendedor é aquele indivíduo cujo desejo de independência foi capaz de motivá-lo no sentido de estabelecer sua própria empresa.

Empreendedorismo – Designa uma área de grande abrangência e trata de vários temas, para além da criação de novas empresas. Estes são: a geração de autoemprego (trabalhador autónomo); o empreendedorismo comunitário (como as comunidades empreendem); o intraempreendedorismo (o empregado empreendedor); as políticas públicas (políticas governamentais para o setor).

Encargos Sociais – Conjunto de obrigações trabalhistas que devem ser pagas pelas empresas mensalmente ou anualmente, a acrescer ao salário do empregado.

Estratégia – É o foco a ser tomado para atingir determinado objetivo.

Exigível a Longo Prazo – São os empréstimos a longo prazo. Normalmente provocam juros que têm reflexos financeiros de forma imediata ou a curto prazo, mas também provocam variações monetárias.

Faturação – Conjunto dos recebimentos, expresso em unidades monetárias, obtidos por uma empresa em determinado período com a venda de bens ou serviços. Por outras palavras, é o número de unidades vendidas multiplicado pelo preço de venda unitário. Diferencia-se da receita, que inclui os valores obtidos de outras fontes (aplicações financeiras ou vendas a prazo).

Fluxo de Caixa – É o instrumento de projeção que possibilita determinar as necessidades financeiras, a curto, médio e longo prazos da empresa, permitindo de forma transparente e eficaz visualizar os momentos em que ocorrerão as diversas entradas e saídas de caixa. Permite que o administrador planeie, organize, coordene, dirija e controle os recursos financeiros de sua empresa.

FTP – FTP, ou File Transfer Protocol é um serviço Internet cuja finalidade é permitir a transferência de arquivos de qualquer tipo entre dois computadores. Normalmente é usado para transferir programas, textos, imagens, etc. de um computador central (servidor) para um usuário remoto (cliente) ou vice-versa.

Hit – O número de hits de um site é uma medida técnica. Deve ser usada apenas pelos administradores do site. Os hits indicam o número de elementos acedidos (imagens, páginas em HTML, programas Java, etc.). Como as páginas são frequentemente compostas de dezenas de imagens, a cada passo da navegação de um único usuário são atribuídas dezenas de hits.

Índices de Liquidez – Disponibilidade em moeda corrente ou posse de títulos ou valores conversíveis rapidamente em dinheiro. A liquidez varia conforme o tipo de investimento e o momento económico, mas liquidez absoluta só apresenta o próprio papel-moeda. Todos os outros títulos ou valores possuem graus (índices) maiores ou menores de liquidez, em função da maior ou menor facilidade de serem convertidos em moeda.

Intranet – São redes corporativas que utilizam a tecnologia e infraestrutura de comunicação de dados da Internet. São utilizadas na comunicação interna da própria empresa e/ou comunicação com outras empresas.

Inventário – Relação pormenorizada dos bens e valores de uma pessoa ou firma. Em contabilidade, é a base sobre a qual se faz o balanço de uma firma.

Investimento em Capital de Giro – Aplicação de recursos para financiar as operações da empresa, em função das atividades de comprar, produzir e vender.

Investimento Fixo – Investimentos não destinados à negociação, mas dirigidos para produzirem benefícios à investidora mediante a sua participação nos resultados das investidas, ou para obtenção de bom relacionamento com os clientes ou fornecedores (inclusive instituições financeiras), ou, ainda, para especulação pura e simples sem nenhum prazo definido.

Layout – É a disposição física dos materiais, móveis, máquinas, equipamentos em uma sala, ou qualquer outro local.

Lucro – É o grau de rendimento proporcionado pelas receitas operacionais. Pode ser expresso em percentual de lucro em relação às vendas.

Lucro líquido – É calculado subtraindo-se do lucro bruto a quantia correspondente à depreciação do capital fixo (máquinas e equipamentos) e as despesas financeiras (pagamento de juros de empréstimos).

Macroeconomia – Parte da Ciência Económica que focaliza o comportamento do sistema económico como um todo. Tem como objeto de estudo as relações entre os grandes agregados estatísticos: a renda nacional, o nível de emprego e dos preços; o consumo, a poupança e o investimento totais.

Margem de Contribuição – É a diferença entre a receita de vendas de uma unidade e a soma dos custos e despesas variáveis dessa mesma unidade.

Mark-Up – É um índice aplicado sobre o custo de um bem ou serviço para formação do preço de venda. Mark-up, pode ser entendido também como a margem bruta de comercialização. Ex.: O padeiro, aplica o índice 2,5 sobre o custo de produção de um kg de "pão" para formação do preço de venda.

Microeconomia – Ramo da Ciência Económica que estuda o comportamento das unidades de consumo representadas pelos indivíduos e pelas famílias; as empresas e as suas produções e custos; a produção e o preço de diversos bens, serviços e fatores produtivos.

Missão – Missão é a razão de ser de uma organização. Deve exprimir sua vocação, a natureza de suas atividades, explicitando o seu campo de ação e considerando os horizontes sob os quais esta atua ou deverá atuar.

Oferta – Quantidade de um bem ou serviço que se produz e se oferece no mercado, por determinado preço e em determinado período de tempo.

Passivo Circulante – São as obrigações da empresa que possuem uma maior rotação. Corresponde às contas: empréstimos bancários, fornecedores, provisões, contas a pagar e provisão para imposto de renda.

Património Líquido – É o valor líquido do total de bens de uma pessoa ou de uma empresa. Vulgarmente designa somente o conjunto dos bens avaliáveis em dinheiro.

Pesquisa de Mercado – Procedimentos utilizado em empresas para investigar as preferências dos consumidores em relação a produtos, marcas, publicidade e serviços. Geralmente é escolhida uma amostra representativa da opinião da totalidade do público consumidor de determinado produto.

PIB (Produto Interno Bruto) – Refere-se ao valor agregado de todos os bens e serviços finais produzidos dentro do território económico do país, independentemente da nacionalidade dos proprietários das unidades produtoras desses bens e serviços.

Planeamento Estratégico – Planeamento é um processo de tomada de decisão presente, que se destina a produzir um ou mais estados futuros desejados, que deverão ocorrer, a menos que alguma coisa seja feita. Assim, no Planeamento Estratégico procuramos avaliar, antecipadamente, os possíveis impactos que seriam transportados para o futuro pelas decisões tomadas no presente.

Plano de Negócio – Informações sobre as características, condições e necessidades do futuro empreendimento, com objetivo de analisar a potencialidade e a viabilidade da implantação do mesmo.

PNB (Produto Nacional Bruto) – É o valor agregado de todos os bens e serviços resultante da mobilização de recursos nacionais (pertencentes a residentes no país), independentemente do território económico em que esses recursos foram produzidos. Incluem-se, neste, o valor da depreciação e o resultado, positivo ou negativo, da conta de rendimentos do capital do balanço de pagamentos.

Ponto de Equilíbrio – É o volume exato de vendas em que uma empresa não apresenta nem lucro nem prejuízo (lucro/prejuízo = 0).

Propaganda – Divulgação paga e planeada de mensagens veiculadas em revistas, jornais, televisão e outros meios de comunicação, com o objetivo de persuadir as pessoas a comprar determinado produto ou utilizar determinado serviço.

Protocolo – Um sistema de regras ou padrões de comunicação em uma rede, em particular n Internet. Os computadores e as redes interagem de acordo com protocolos que determinam o comportamento que cada parte espera da outra na transferência de informações. Qualidade Total – É a adequação ao uso. É a conformidade às exigências. Um dos principais fatores no desempenho de uma organização é a qualidade dos seus produtos e serviços. Visa assegurar aos seus clientes que existe conformidade com todas as exigências especificadas.

Receita Bruta de Vendas – Em termos contáveis, é a soma de todos os valores recebidos em dado espaço de tempo. Não se deduz nenhuma conta para obter o valor da Receita Bruta.

Receita Líquida de Vendas – É o mesmo valor da Receita Bruta deduzindo os impostos sobre vendas, as devoluções, os descontos comerciais e os abatimentos.

Rentabilidade – É o grau de rendimento proporcionado por determinado investimento. Pode ser expresso em percentual de lucro em relação ao investimento. Normalmente, é inversamente proporcional ao risco.

Risco – Condição própria de um investidor/investimento, que traduz as possibilidades de perder ou ganhar dinheiro. Os juros ou o lucro são explicados como recompensas recebidas pelo investidor por assumir determinado risco de incerteza económica, relativa a eventualidades como queda da taxa de juros, recusa do produto pelo consumidor, ou investimento numa atividade cujos resultados se revelam “antieconómicos”.

Stocks – Quantidade de um bem armazenado ou em conservação (matérias-primas, combustíveis, produtos semiacabados ou acabados). Os bens podem ser armazenados para venda, abastecimento, ou simplesmente para especulação.

Taxa de Juros – Índice (taxa) pré-determinado que corresponde à remuneração que o subscritor de um empréstimo deve pagar ao dono do capital.

Tempo de Retorno – É o prazo que é previsto que o capital investido seja recuperado.

TIR (Taxa Interna de Retorno) – É a taxa que iguala, em determinado momento, a entrada de caixa (VP – Valor Presente, montante emprestado) com as saídas periódicas de caixa (pagamento da dívida) atualizadas ao mesmo momento.

URL – Uniform Resource Locator é o endereço de um documento ou outro recurso (objeto Internet) no ambiente WWW. Uma URL consiste geralmente em quatro partes: protocolo, servidor (ou domínio), caminho e nome do arquivo.

VPL (Valor Presente Líquido) – É o valor presente dos fluxos de caixa gerados pelo negócio implantado, líquidos do valor inicialmente investido. Este método procura expressar os fluxos de caixa do projeto em termos de valores monetários de uma mesma data, ou mais especificamente, da data de início do projeto, o “momento atual”.

Web – É uma simplificação do termo World Wide Web (WWW).

World Wide Web (WWW) – Significa Teia de Alcance Mundial. É o mais popular dos serviços internet porque permite a obtenção rápida e fácil de informações sobre os mais variados assuntos, com imagens e textos, usando um sistema de hipertextos de alcance mundial.






A.A.V.V. (1993), Strategor – Política global da empresa. Tradução de J. Freitas e Silva, com revisão de J. Jordão. Lisboa: Publicações Dom Quixote.

ALÍPIO, S. (2006). Guia do Empreendedorismo -.Estruturas e Apoios ao Empreendedorismo em Portugal.

ANSOFF, H. I. (1990). Administração estratégica. São Paulo: Atlas.

BARON, R. A. (2007). Empreendedorismo: uma visão do processo. São Paulo: Thomson Learning.

CAIRES, P. (2008). O empreendedorismo em Portugal em geral e na Região Autónoma da Madeira em particular. Noticias Digitais.

CHIAVENATO, I. (2008). Empreendedorismo: Dando asas ao espírito empreendedor. São Paulo: Saraiva.

CÓDIGO DA PROPRIEDADE INDÚSTRIAL (2003). Art. 1º, Decreto – Lei no 36/2003, de 5 de Março.

DORNELAS, J. C. A. (2005). Empreendedorismo: Transformando idéias em negócios. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier.


DORNELAS, J. C. A. (2003). Empreendedorismo corporativo: como ser empreendedor, inovar e se diferenciar em organizações estabelecidas. Rio de Janeiro: Elsevier.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

SPIN SELLING - A arte de vender fazendo perguntas




Spin Selling é uma técnica de venda que tem o Cliente como foco principal.

A ideia é que o Vendedor atue como um consultor, spin selling é vender questionando e entendendo os problemas do Cliente para mostrar-lhe as soluções que a empresa pode oferecer.

No Spin Selling o Vendedor tem o papel de ajudar o Cliente na identificação das suas necessidades.

As perguntas irão despertar no Cliente a necessidade de solucionar problemas e ele verá no seu produto essas soluções.

A venda é a consequência de conseguir que o Cliente exponha as suas necessidades e dessa maneira a empresa possa oferecer-lhe uma solução adequada.

A Estratégia SPIN (ou SPIN Selling) é uma técnica recomendada para desenvolver o processo de venda, através de 4 perguntas:

1 - PERGUNTAS DE SITUAÇÃO

As perguntas de situação visam compreender o contexto atual do Cliente.

Isto é, o conjunto de circunstâncias que levarão o Cliente a tomar uma decisão de compra ou não compra.

Com estas perguntas consegue-se fazer uma análise da situação da empresa, um diagnóstico baseado no levantamento de dados, factos e antecedentes apresentados pelo Cliente ou, preferencialmente, pesquisados pelo Vendedor.

Daí a importância de preparação prévia à visita para simplificar esta etapa, visto que muitas vezes o Cliente não está disposto, ou sente-se pouco confortável, a responder a este tipo de questões.

Esta é a primeira etapa do processo de negociação, onde se descobre as informações sobre o seu potencial Cliente.

Mas é aqui também que muitos tendem a errar, pois acabam por fazer muitas perguntas desnecessárias e que podem comprometer o seu lado profissional.

Exemplos de Perguntas de Situação

Sobre a pessoa
  • Qual é a sua posição?
  • Há quanto tempo está a trabalhar nessa empresa?
  • Costuma decidir a compra?
  • Quais os objetivos desta área?

Sobre o negócio
  • Que tipo de negócio dirige?
  • O seu negócio está a crescer ou a diminuir?
  • Qual é o seu volume anual de vendas?
  • Quantas pessoas emprega?

Sobre como o negócio está a ser operacionalizado
  • Que equipamento está a usar atualmente?
  • Há quanto tempo o tem?
  • Ele é seu ou alugado?
  • Quantas pessoas o utilizam?

2 - PERGUNTAS SOBRE PROBLEMAS

Estas perguntas procuram revelar problemas que o Cliente poderá ter e que os produtos ou serviços da sua empresa poderiam resolver.

Nestas perguntas é importante explorar os problemas, dificuldades e insatisfações do Cliente com a sua atual situação, conduzindo-o a explicitar o seu problema.

Antes de marcar a visita, pense em pelo menos três problemas potenciais.

Escreva exemplos de perguntas destinadas a revelar cada um dos problemas identificados.

Exemplos de Perguntas sobre Problemas

Por exemplo, se vende automóveis, pode realizar as seguintes perguntas:
  • O atual veículo consome muito combustível?
  • Está satisfeito com o rendimento do veículo?
  • Está satisfeito com os custos de manutenção?

Vendedores experientes, por exemplo, fariam perguntas como:
  • “Está satisfeito com o seu equipamento atual?”;
  • Quais são as desvantagens de lidar com o seu sistema atual?”

3 - PERGUNTAS SOBRE IMPLICAÇÕES

Estas perguntas procuram revelar as implicações (efeitos ou consequências) do problema do Cliente.

O objetivo é conseguir que ele descubra de que forma o seu produto e ou serviço pode ajudar a resolver o problema.

É importante que estas perguntas ajudem a sobressair o entendimento por parte do Cliente da seriedade ou da urgência do problema.

São estas as perguntas que constroem a perceção de valor por parte do Cliente, já que a compra se realizará se o custo da solução oferecida for inferior á gravidade do problema.

Essas perguntas servem para elucidar o interlocutor para as oportunidades que empresa perde e que tipo de impacto as dificuldades tendem a causar na empresa.

Esta é uma etapa que envolve bastante persuasão. O processo implica em tornar aquele problema que o Cliente acredita ser pequeno num grande problema.

Exemplos de Perguntas sobre Implicações

Exemplo:

Comentou que essa máquina é difícil de usar, certo? Qual é o efeito disso na produção?

Estas perguntas procuram revelar as implicação (dificuldades, consequências, gravidade) do problema do Cliente.
  • As perguntas de implicação permitem que o Cliente descubra os problemas que tem na sua atual situação e a necessidade de fazer algo para remediá-los.
  • O objetivo é conseguir que ele mesmo descubra de que forma o seu produto e ou serviço pode ajudar a resolver o problema.

Transforma necessidades implícitas em necessidades explicitas.

O objetivo das Perguntas de Implicação é tornar um problema que o Comprador pode perceber ser pequeno num problema grande o suficiente para justificar a ação e, claro, o preço a ser pago.

4 - PERGUNTAS SOBRE AS NECESSIDADES DE SOLUÇÃO

Até este ponto, o Cliente já descobriu que tem um problema. Agora, é importante que esta situação derive numa decisão de compra.

Para consegui-lo, o Vendedor deve propor perguntas que orientem o Cliente para a solução. É importante fazer com que o Cliente identifique os benefícios que a solução a ser proposta pode oferecer.

As Perguntas de Necessidade de Solução devem focar a atenção do Cliente na solução e não no problema. Isso ajuda a criar uma atmosfera positiva em que a atenção é dada à solução e ações e não apenas a problemas e dificuldades.

Estas perguntas também são importantes para fazer o Cliente dizer os benefícios.

No caso da situação descrita anteriormente uma boa pergunta seria:
  • De que forma acha que uma máquina mais rápida o ajudaria”,
que poderia ter como resposta
  • Certamente eliminaria um afunilamento na produção, evitando horas extras e terceirização do serviço”.
Outro fator importante ligado às Perguntas de Necessidade de Solução é que elas reduzem as objeções.

Ao usar este tipo de pergunta, é possível fazer o Cliente explicar quais os elementos do problema que a solução pode resolver.

Além disso, estas perguntas “treinam” o Comprador para a venda interna, ou seja, para defender a solução perante os demais participantes do “centro de compras”.

Perguntas de Implicação (para o Cliente perceber o problema como mais grave) e Perguntas de Necessidade de Solução.

Exemplos de Perguntas sobre Necessidade de Solução

Imagine que é um Vendedor de máquinas fotográficas e entra um Cliente interessado em ver alguns modelos…
  • Porque acha que seria bom ter uma máquina?
  • O que isso lhe permitiria fazer que não pode fazer agora?
  • Alguém mais da família ficaria satisfeito se comprasse a máquina?
  • Quais as vantagens de se ter uma máquina profissional destas?

OS VENDEDORES TAMBÉM DEVEM UTILIZAR PERGUNTAS DE VENDA DOS SEGUINTES TIPOS:

1. Perguntas Abertas;
2. Perguntas Fechadas;
3. Perguntas Alternativas;
4. Perguntas Reflexo;
5. Perguntas de Reformulação;

terça-feira, 12 de julho de 2016

Criatividade na Prática

“Não pretendamos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor bênção que pode suceder a pessoas e países, porque a crise traz progressos”


Albert Einstein







Interligar ideias de forma criativa como factor competitivo - caso da Apple

A formação em campos diferentes aos normalmente abrangidos pela empresa e a capacidade de interligar ideias de forma criativa como factor competitivo no caso da Apple.


Steve Jobs, depois de seis meses na Universidade de Stanford (a origem de Silicon Valley), abandonou o curso que estava a estudar, mas não as aulas. Ficou mais um ano e meio para assistir a aulas que realmente lhe interessavam.

O Reed College contava na época com uma grande reputação em formação caligráfica. As tipografias dos cartazes e da publicidade da Universidade atraíram particularmente a atenção de Jobs, que decidiu assistir às aulas desse curso. Foi então que aprendeu a distinguir os diferentes tipos de letra, a utilizar os espaçamentos e, sobretudo, a entender (ou seja, mais do que intuir) os aspectos que, mais além da ciência, proporcionavam beleza e arte a este tipo de técnicas.

A motivação para assistir a estes cursos pouco tinha a ver com uma possível aplicação do conhecimento sob a forma de inovações no mercado. Era fundamentalmente uma motivação intrínseca. No entanto, ao fabricar o primeiro Macintosh, Jobs utilizou os seus conhecimentos de caligrafia para incluir diferentes tipografias e espaçados, revolucionando a aparência dos computadores de hoje em dia.

Outras ferramentas de apoio ao processo criativo

Outras ferramentas de apoio ao processo criativo


4X4X4


É uma técnica em grupo que serve para selecionar ideias, devendo cada indivíduo apresentar quatro ideias. Formam-se grupos de duas pessoas e escolhem-se quatro ideias. Posteriormente, formam-se novos grupos de quatro pessoas que escolhem quatro outras ideias. Finalmente, o grupo escolhe uma ideia final.

Análise Morfológica

Decompõe-se um conceito ou situação nas suas unidades ou conceitos básicos. Com estes elementos, constrói-se um quadro que permite procurar novas relações e combinações.

Biónica

Tem um funcionamento semelhante ao das analogias. Utiliza-se habitualmente no âmbito tecnológico para desenvolver novos instrumentos inspirados na natureza e nos seres vivos.

CRE –IN

É uma técnica que parte da ideia de que as pessoas têm de acreditar em si próprias para serem criativas. Trata-se de dar rédea solta aos sentimentos mais profundos e sinceros das pessoas, para que a criatividade surja do seu interior. Para que tal aconteça, esta técnica utiliza jogos que permitem chegar aos sentimentos e emoções. Está relacionada com a expressão corporal, o ioga e as técnicas de relaxamento.

Defeitologia

É elaborada uma listagem dos defeitos ou dos aspetos melhoráveis de um produto. Depois de identificar estes elementos, são apresentadas possíveis soluções para melhorar. Cada proposta constitui uma ideia de melhoramento.

Ideart

Utilizar estímulos visuais, geralmente quadros sugestivos (Miró, Magritte e outros pintores provocadores) para provocar a geração de ideias e o pensamento criativo selvagem.

Inversão

Consiste em dar a volta ao problema ou foco criativo. É alterado o sentido da apresentação para dar resposta a uma situação concreta, provocando assim a geração de ideias. Por exemplo, se um bar estiver vazio, pensar como é possível esvaziar um estabelecimento cheio: subindo a música, fornecendo as bebidas quentes, prestando um mau serviço. A solução seria pôr uma música agradável, cuidar da apresentação das bebidas e contratar um empregado especialmente amável.

Listagem de atributos

Trata-se de uma técnica orientada para o processo de criação de novos produtos ou para a introdução de melhoramentos nos existentes.
Consiste na elaboração de uma listagem dos atributos ou características do objeto em questão. Para cada um dos elementos apontados são colocadas todas as questões que nos ocorrerem: o que acontece se alterar a cor/ a forma? Esse aspeto pode ter outra utilidade? Pode ser elaborado noutra ordem? Cada resposta vai sendo anotada e, no final, são analisadas as respostas que possam constituir um melhoramento no produto.

Método 635

São formados grupos de 6 pessoas, que devem apresentar 3 ideias ou soluções cada, sobre um tema, às outras 5 pessoas do grupo de trabalho.


Método da visita


É tão simples como colocar-se no lugar de outra pessoa e tratar de descobrir como enfrentaria um problema ou situação. Com esta técnica, as pessoas dão a sua opinião sobre as atribuições dos outros e não sobre as próprias, sendo alimentados pelos restantes elementos nas competências próprias.

Relações formadas – palavras ao acaso

A combinação do desconhecido é uma maneira de forçar o aparecimento de novas ideias inovadoras que se traduzam em inovações radicais. Trata-se de procurar uma palavra ou conceito ao acaso (por exemplo, abrindo o dicionário em qualquer página e escolhendo uma palavra qualquer) e de procurar aplicações para o nosso produto ou empresa.

TRI Z

É um método especialmente recomendado para a geração de ideias radicalmente novas a partir da sistematização da criatividade no trabalho científico. Baseia-se no estabelecimento de princípios desenvolvidos a partir do estudo do processo de obtenção de uma patente.



Fonte: MANUAL DE CRIATIVIDADE EMPRESARIAL - Universidade do Algarve - CRIA Centro Regional para a Inovação do Algarve


Técnicas e Ferramentas para o Desenvolvimento da Criatividade e a Geração de ias


Técnicas e ferramentas para o desenvolvimento da criatividade e a geração de ideias.


Independentemente de um indivíduo ter capacidades e aptidões criativas ou de uma empresa ter condições para favorecer o fluxo criativo dentro dela, existem uma série de ferramentas e técnicas que facilitam o trabalho da geração de ideias.

Estas técnicas podem ser utilizadas para a geração de ideias num sentido mais geral ou ter um carácter mais específico em função das necessidades da empresa e das necessidades a que se queira responder.

Neste sentido, podem ser encontradas técnicas que sirvam para diferentes fins:

•Compreender o problema que enfrentam.
• Gerar ideias perante uma escassez no fluxo criativo.
• Selecionar das ideias existentes.
• Planear as atividades.

Brainstorming


Em que consiste?


O brainstorming ou chuva de ideias é, de forma estrita, uma ferramenta que consiste em anotar num quadro as ideias surgidas de maneira não sistematizada num grupo de pessoas para que depois possam discuti-las e selecionar uma delas.

É uma técnica básica que trata de criar um ambiente propício que favoreça o aparecimento de ideias. Favorece o trabalho em equipa, o que contribui para reforçar a colaboração entre pessoas e equipas dentro da empresa.

Grande parte das técnicas de criatividade é baseada nesta ferramenta.

Em que situações utilizar?


A utilização desta técnica é recomendada para resolver todo o tipo de situações relacionadas com a necessidade de gerar um grande número de ideias. Pode ser utilizada individualmente. Contudo, por ter uma marcada vocação coletiva, recomenda-se o seu uso em grupos de trabalho para maximizar os seus resultados.

  

Brainwritting


Em que consiste?


Trata-se de uma variante do Brainstorming, pelo que, tal como este, baseia-se numa dinâmica de grupo em que as ideias de cada pessoa são retroalimentadas pelas dos restantes participantes. O uso da técnica é simples porque utiliza várias folhas nas quais se escreve um tema na parte superior e vão sendo passadas aos participantes para que vão anotando as suas ideias.

Em que situações utilizar?


Esta técnica é eficaz para recolher ideias inovadoras de grupos de pessoas que enfrentam um problema ou uma situação que afete o projeto concreto ou o funcionamento geral da empresa.

O seu uso é recomendado com grupos em que as pessoas não se conhecem ou com pessoas que não estejam habituadas a participar em atividades deste tipo. A vantagem de escrever é que oferece maior liberdade às pessoas quando chega o momento de apresentar e falar da ideia em público.


Mapas mentais


Em que consiste?


O mapa mental é uma técnica de carácter gráfico em que se utiliza uma palavra ou conceito-chave como ponto de partida para adicionar ideias sob a forma de ramos de uma árvore ou de estrutura radial. Não existe uma forma predeterminada de representar as ideias e são as relações ou a hierarquia que o próprio indivíduo decidir que condicionam o resultado ou a forma final do mapa.

Com os mapas mentais, trata-se de facilitar a compreensão de uma questão e a forma como o indivíduo a interpreta. Mostram as relações e interligações entre ideias e conceitos em forma de imagem, de uma maneira mais visual.

Em que situações utilizar?


Os mapas mentais apresentam vantagens para a abordagem de problemas complexos e para a identificação de novas ideias. A sua utilização ajuda a ordenar melhor as ideias no cérebro. Neste sentido, a representação de informação procedente de diferentes fontes num formato simples, mostrando a hierarquia e as ligações existentes entre ideias de maneira gráfica, facilita não só a sua visualização como também a sua memorização.

Geração – SCAMPER


Em que consiste?


É uma técnica de criatividade em que, para favorecer a geração de ideias, há que responder a uma listagem de perguntas preestabelecidas.

Cada uma das perguntas representa outras tantas técnicas de criatividade e, por isso, o SCAMPER, como ferramenta integradora de diferentes técnicas, é considerado uma das técnicas mais completas e eficazes especialmente no processo divergente de geração de ideias.

No total, o SCAMPER contém sete perguntas. Cada uma das letras da palavra SCAMPER é a primeira letra de uma série de palavras que dão origem a perguntas que estabelecem uma ordem determinada no processo de geração de ideias:



  

Em que situações utilizar?


O seu uso é especialmente indicado para a fase específica de geração de ideias. Neste sentido, é utilizada depois de o problema ou situação que queiramos enfrentar já estiver colocado.


Avaliação – PNI

 Em que consiste?


Trata-se de uma técnica que permite avaliar as ideias para a sua posterior seleção com base na valorização de três aspetos:





O objetivo é identificar o potencial e os possíveis efeitos adversos de cada uma das ideias alvo de análise, para assim facilitar a tomada de uma decisão sobre qual é a mais apropriada para o negócio.

Em que situações utilizar?


É recomendada a sua utilização após ter superado a fase do processo criativo destinada à geração de ideias. A sua utilização também se encontra especialmente indicada quando já foi realizada a primeira seleção ou a avaliação vai ser efetuada sobre um número limitado de ideias ou propostas.


Outras técnicas criativas


Para além das anteriormente apresentadas, existe um vasto leque de técnicas que não respondem especificamente a nenhuma das classificações anteriores, mas que, devido à sua eficácia e popularidade, vale a pena destacar.

Seis chapéus


Em que consiste?


Os seis chapéus simbolizam os diferentes pontos de vista a partir dos quais pode ser analisado um problema ou uma situação concreta.

Procura-se que os participantes numa reunião contribuam com ideias e colaborem no processo de adoção de decisões, para o que todas as pessoas integrantes do grupo criativo utilizarão ao mesmo tempo cada chapéu ou ponto de vista para analisar uma situação ou problema.

A observação dos problemas a partir de diferentes perspetivas enriquece o resultado do debate, porque são aproveitadas as capacidades e a criatividade dos participantes para analisar, de forma exaustiva, os prós e os contras do assunto tratado. Desta forma, também se pretende evitar que as reuniões se prolonguem devido a confrontos pela defesa acérrima de posturas com réplicas contínuas.

Em que situações utilizar?


Os seis chapéus é uma técnica muito potente para pensar e é propícia para a tomada de decisões. Foi concebida para guiar debates e evitar que os participantes desviem a sua atenção, centrando-se na própria discussão.

Analogias


Em que consiste?


Uma analogia define-se como uma relação semelhante entre coisas diferentes. Do ponto de vista da criatividade, as analogias constituem uma técnica que procura a geração de ideias a partir de associações de conceitos que, geralmente, não se encontram ligados entre si.

Os problemas são encarados de forma indireta, utilizando rodeios ou paralelismos para, por exemplo, encontrar soluções a problemas existentes, resolver situações de estancamento no desenvolvimento de uma inovação ou criar novas aplicações de produtos.

Em que situações deve ser utilizada? 


Forçar as ligações existentes entre realidades que, noutro contexto, podem parecer afastadas, provocar o pensamento divergente e a geração selvagem de ideias. É recomendável utilizar esta técnica sempre que for necessário dar um impulso ou fazer uma provocação adicional, por as ideias não serem suficientemente inovadoras ou por o processo criativo se encontrar estancado.


Future Pretend Year


Em que consiste?


A expressão Future Pretend Year pode ser traduzida como “futuro ano desejado”. O que esta técnica pretende é imaginar o futuro de forma positiva, estabelecendo uma situação hipoteticamente bem-sucedida num determinado âmbito ou aspeto da empresa. Identificam-se as pessoas que são beneficiadas nesse futuro e a sua possível contribuição para a empresa. Esta informação deve ser utilizada para resolver um problema presente.

Em que situações deve ser utilizada?



Esta técnica é útil para procurar soluções quando a empresa se depara com algum problema difícil, que requer ideias criativas para superar a situação.



Fonte: MANUAL DE CRIATIVIDADE EMPRESARIAL - Universidade do Algarve - CRIA Centro Regional para a Inovação do Algarve