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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Componentes da Comunicação de Marketing


Publicidade


Devido à sua crescente importância a publicidade é muitas vezes confundida com o conceito mais vasto de comunicação de Marketing, porém deve-se encarar a publicidade como as comunicações de marketing pagas pelas empresas/instituições para divulgar as suas mensagens através dos meios de comunicação sociais.

Definimos publicidade como “O conjunto de operações relacionadas com a difusão de uma mensagem publicitária junto dos seus destinatários, bem como as relações jurídicas e técnicas daí emergentes entre anunciantes, agências de publicidade e entidades que explorem os suportes publicitários ou que exerçam a atividade publicitária”.

Desde 1980, que a publicidade está legalmente regulamentada, tendo sido aprovado o primeiro Código da Publicidade português em 1990. 

Publicidade Online


A publicidade online ou display advertising consiste na colocação de banners digitais nos sites de interesse para atingir o público-alvo, os quais têm ligação direta ao site da organização, permitindo uma resposta direta.

Mecanismos de Ação de Publicidade nos Mass Media


Notoriedade – tornar o nome de uma marca familiar e constantemente presente no espírito dos potenciais clientes utilizando a sua repetição contínua;

Informação factual – difusão de certas informações factuais, com o objetivo de mudar o comportamento do público-alvo;

Persuasão – convencer os destinatários de que este ou aquele comportamento será útil e agradável para os mesmos;

Simpatia pela marca – suscitar ou reforçar os sentimentos de simpatia por uma certa marca;

Emoção, desejo, sonho – associar a marca a atributos imaginários, símbolos valorizadores ou sonhos e emoções agradáveis, tornando desejável aos olhos dos destinatários. 

A Marca


A marca é o que identifica determinados produtos ou serviços, diferenciando-os da concorrência, criando valor para o consumidor e para a organização.
Quando a publicidade contem a marca da organização, vai fazer com que a publicidade adquira mais credibilidade e aceitação por parte do público-alvo, pois funciona como uma garantia. 

Tipos de Marca

Existem três tipos principais de marcas:

Marca Institucional – consiste na razão social da organização em marca, assumindo três categorias: institucional pura (não aparece nos produtos da organização), institucional umbrella (identifica todas as atividades e serviços da organização), e institucional híbrida (identifica as atividades e uma parte do produtos da organização, em que os restantes têm marcas próprias).

Marca Produto – consiste numa marca de gama, que pode abarcar tipos de produtos diferentes;

Marca Umbrella  consiste na identificação de várias categorias de produtos muito diferentes. 

Identidade Física da Marca


O nome – deve ser curto, sem conotações indesejáveis, internacional, disponível e defensável juridicamente e não restritivo;

Os componentes da marca – são os elementos que compõe a identidade visual da marca são o logótipo e o símbolo:

  Logótipo – corresponde à expressão gráfica da marca;

  Símbolo – corresponde ao sinal gráfico que identifica o nome, ideia, produto ou serviço;

  Jingle – corresponde ao refrão da publicidade;

 Assinatura da Marca – slogan de posicionamento da marca, que acompanham na sua maioria as marcas institucionais. 

 As principais fases da publicidade ao longo dos séculos

Admite-se que os primeiros vestígios de Publicidade remontam à imortal cidade de Pompeia em Itália. Aí foram encontradas tabuletas que anunciavam combates entre gladiadores, a localização das casas de banho e até mesmo referências aos bordéis muito populares entre os visitantes.

Ainda antes da Idade Média surge a forma mais popular de Publicidade: O pregão, utilizado pelos comerciantes para anunciar a venda dos seus produtos.

A segunda etapa da história da Publicidade verifica-se no século XV com a invenção da prensa mecânica de Gutemberg.

É precisamente no ano de 1482 que surge o primeiro cartaz publicitário que anunciava uma grande manifestação religiosa em Reims.

No entanto, o primeiro anúncio publicitário aparece apenas no ano de 1625, em Inglaterra, e seis anos depois, surge pela primeira vez num jornal uma secção dedicada em exclusivo aos anúncios. Contudo, até então, toda a mensagem veiculada era, predominantemente, informativa, visando apenas a descrição do produto sem qualquer interesse em cativar o interlocutor.

Um cenário que se repete até ao século XVIII, onde, com uma ajuda de Benjamin Franklin, a Publicidade começa a ser encarada sob o ponto de vista do consumidor, ou seja, os anúncios começam a ser persuasivos.

O grande motor de toda a engrenagem da Publicidade chega com a Revolução Industrial.
Com a produção em série e a necessidade de aumentar o consumo dos bens produzidos, a técnica publicitária foi-se aperfeiçoando, tornando-se cada vez mais persuasiva e perdendo quase totalmente o seu sentido unicamente informativo.

O aparecimento do telefone, do telégrafo e da máquina de escrever, nos finais do século XIX, muito contribuíram para o desenvolvimento da Publicidade.

No entanto, é com a chegada da Rádio, na segunda década do Século XX, que a atividade publicitária ganha um novo impulso.

Tendo em conta a elevada taxa de analfabetismo da época, o novo instrumento permite veicular a mensagem para a grande maioria das pessoas que não sabiam ler.

Na década de 50 assiste-se a uma das maiores invenções do século: a televisão.

Este novo meio de comunicação vem revolucionar todo o conceito de Publicidade dinamizando o encontro entre esta técnica e todo o universo empresarial.


A Publicidade em Portugal


No nosso país a Publicidade, tal como a entendemos hoje, teve o seu início em 1927, com o surgimento da agência Hora, enaltecida pelo contributo do grande poeta Fernando Pessoa, como copy durante dez anos.

Assim como no resto do mundo o grande protagonismo da Publicidade chega com a Rádio durante as décadas de 40 e 50. Até ao aparecimento da televisão, a rádio foi um dos bens mais preciosos de cada lar. Em frente ao aparelho radiofónico, famílias e vizinhos reuniam-se para saber as novas do mundo. De lembrar que estávamos num período de guerra mundial, e a rádio assumia-se como a melhor fonte de informação.

É a era de ouro da rádio com os jingles publicitários lidos em direto.

No entanto, só a partir da década de 50, com a entrada de multinacionais como a Colgate ou a Nestlé, é que se verifica o desenvolvimento de políticas comerciais agressivas. Esta lufada de ar fresco aliada ao aparecimento da televisão em 1957 atribui um novo significado ao mercado publicitário.

O próspero desenvolvimento da publicidade encontra no pós-revolução de 74 um grande entrave. O clima de desconfiança económica de então inibiu os anunciantes para o investimento, trazendo as inevitáveis consequências para a Publicidade. 

Este período negro da Publicidade chega ao fim já nos anos 80 com a entrada de Portugal na Comunidade Europeia, e a natural abertura das barreiras alfandegárias.

As empresas portuguesas cientes das necessidades do consumidor, cada vez mais exigente, a par da globalização dos mercados, procuram a expansão apostando no investimento publicitário.

Verifica-se a evolução da Publicidade em todos os sentidos, tanto na qualidade de produção como ao nível do conteúdo das mensagens.

Hoje a Publicidade viu já nascer e crescer diversos suportes de divulgação, quer com o aumento das frequências de rádio, verificado nos finais da década de 80, quer com o aparecimento de novos canais de televisão e da TV por cabo, que revolucionaram por completo o mercado.

A área comercial deixou de ser o objeto principal das campanhas publicitárias, a preocupação cada vez maior com os problemas sociais levou à transformação da Publicidade numa arma forte para a área dos serviços, sejam eles ligados à banca ou a organizações sem fins lucrativos.

O que é a Publicidade?


A Publicidade não é uma ciência exata, daí que qualquer definição sobre ela terá sempre zonas cinzentas, áreas onde será difícil estabelecer a fronteira entre o que é o Marketing e o que é Publicidade, entre a Publicidade e o Jornalismo, etc.

A palavra deriva do latim publicis e são inúmeros os autores que se aprofundaram sobre o seu estudo.

Philip Kotler define a Publicidade como “qualquer forma não pessoal de apresentação ou promoção de ideias, bens ou serviços, paga por um patrocinador identificado”. 

William Wells, Jonh Burnett e Sandra Moriarty defendem a publicidade no seu livro “Advertinsing: Principles and Practice” como a “comunicação não pessoal paga por um anunciante identificado, que usa os mass media para persuadir ou influenciar uma audiência”.

Acrescentam ainda que o seu objectivo é “fornecer informação que ajude compradores e vendedores a se encontrarem no mercado”. 

No Publicitor a Publicidade surge como elemento integrante do mix de comunicação e sobre ela diz-se que “actualmente é muito mais do que tornar público um produto, uma ideia ou um serviço: visando alvos cada vez mais bem delimitados e identificados, a Publicidade joga com as emoções, anseios, necessidades, preconceitos e todo o tipo de sentimentos do recetor nas suas mensagens.” 




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