Linguagem Corporal
Expressão Facial
A mímica é a expressão
da cara através da qual as nossas emoções e pontos de vista são expressos.
Algumas expressões podem
ser controladas, outras não.
Não conseguimos
interpretar as expressões da cara de algumas pessoas, enquanto outras mostram
sentimentos, a alma, e o corpo na sua cara.
Existem
três áreas na cara de uma pessoa:
- A área da testa e das sobrancelhas: a testa com rugas pode significar concentração, as sobrancelhas levantadas podem significar espanto;
- A parte media da cara: inclui os olhos, o nariz e as bochechas; os olhos tem o significado-chave (o contacto visual, a duração do olhar, a abertura e o fecho das pupilas, o fechar os olhos, o movimento do olho);
- A área a volta da boca: a área a volta da boca: a boca aberta pode significar surpresa, a boca fechada, fúria. Pessoas com uma boca dura são mentalmente amargas, muito reservadas, e seguem rigidamente os seus princípios. Os cantos da boca virados para cima expressam um sorriso, alegria de viver, bondade, etc. Quando queremos dar ênfase a algo, colocamos o queixo para a frente.
A parte media da cara e
o factor mais importante para analisar a nossa mímica facial.
Constitui o centro da
cara e contem a maior parte da informação que transmitimos. Com a posição da
boca, lábios e olhos, a cara expressa o nosso estado emocional e a nossa experiência. Com o decorrer do tempo, todas as nossas experiências na vida
ficam retratadas nela.
Temos uma predisposição
genética quanto ao tipo de cara que temos, no entanto, mais tarde a expressão
da nossa cara vai adquirindo a imagem do nosso interior, a nossa relação
connosco próprios, com os outros e com o ambiente.
A nossa cara fala acerca
de quem nos somos realmente. Os nossos olhos, sobrancelhas e boca falam mais
alto.
A cara revela o nosso
humor positivo e negativo, o entusiasmo, fogo, falta de energia, saúde,
alegria, tristeza, otimismo e pessimismo.
E difícil aprender a mímica facial, pois ela vem da alma, sem nos darmos conta e, geralmente, é exibida sem controlo.
Quando encontramos e
cumprimentamos alguém, são os nossos olhos e o sorriso que falam.
Embora os nossos olhos
estejam a sorrir, a nossa boca não consegue evitar sorrir também se o encontro
for agradável. O sorriso é um símbolo forte de benevolência, abertura e desejo
de receber e juntar pessoas. É a expressão do nosso humor e da relação com os
outros. Usualmente é consonante com as nossas palavras.
Apesar de desejarmos
aprender a apresentar sorrisos diferentes para as diversas ocasiões, estes não
serão bem sucedidos a menos que sejamos sinceros e deixemos transparecer os
sentimentos que estamos a ter.
O sorriso é a imagem do
espelho das nossas emoções.
Todas as pessoas que
contactam diretamente com os públicos de uma organização, devem ter cuidado com
a expressão facial e, sobretudo, com o sorriso.
Srebotnik (1991), Molcho (1996) e Pease (1997) listaram durante
as suas investigações diferentes posições e movimentos de olhos e explicaram o
seu significado.
Devemo-nos autoanalisar
no que toca ao comportamento dos olhos, por exemplo, olhar para um espelho e
descobrir qual é realmente a nossa intenção ou o sentimento que queríamos
expressar com os nossos olhos.
Os mesmos autores também
investigaram a terceira área da face.
Fizeram uma lista
interessante de símbolos e dos seus significados para a área facial das
bochechas, nariz e boca.
Ao estudar esta área,
pode-se ler as caras das pessoas mais facilmente.
A arte de saber ler a
expressão de uma cara ajuda a criar a primeira impressão de um novo
conhecimento, julgar o seu caracter e, de facto, aperceber-se da sua real
personalidade.
Contacto Visual
“Quando os olhos dizem uma coisa, e a
língua outra, um homem pratico confia na linguagem dos primeiros.”
(Emerson, 1860)
São os nossos olhos quem
dizem mais sobre nós.
É nos olhos que se
reconhece hospitalidade, alegria, tristeza, benevolência, ódio, desprezo, amor,
desejo, medo, etc.
São os olhos que mostram
a nossa autoconfiança, sinceridade ou insinceridade.
É nos olhos que a nossa
personalidade se reflete.
Os olhos são o principal
órgão de receção e compreensão – mais de 80% de toda a informação e recebida
por eles.
Não é possível aprender
a falar com os olhos.
Simplesmente deixamo-los “falar” e não
escondemos os nossos sentimentos por trás de uma mascara.
Para deixar que as
pessoas saibam o que nós desejamos dizer, dirigimos-lhes o nosso olhar quando
as encontramos e mantemo-lo enquanto conversamos.
Como e
quando olhar
Olhar alguém diretamente
nos olhos quando a encontramos ou quando se fala com ela, mostra que se está a
prestar atenção.
Não só o contacto visual
denota confiança da nossa parte, mas também ajuda-nos a compreender o que a
outra pessoa está, na realidade, a dizer verbalmente.
Além de um bom contacto
visual desempenhamos um papel importante ao mostrar o nosso interesse pelos
outros, não nos devemos esquecer de ser bons ouvintes.
Ouvir é uma das mais
importantes capacidades para as relações humanas.
Se desejarmos comunicar
com sucesso é importante olhar para as pessoas diretamente nos seus olhos
durante o primeiro contacto, no início de uma conversa. Sustentamos o olhar
durante alguns segundos e depois, com alguma arte, desviamos o olhar e após
algum tempo olhamos para a pessoa de novo.
Aconselha-se a não olhar
mais do que três segundos num estádio inicial de relação profissional.
Apercebermos-nos das
mudanças da dilatação da pupila pode ajudar-nos a compreender melhor as
respostas das pessoas.
Ligar a posição das
nossas sobrancelhas e boca, faz com que esta expressão seja mais clara e mais
comunicativa.
Os três
tipos de olhares:
- –– O primeiro é o olhar de negócios que se dirige ao triângulo entre a boca e ambos os olhos. E a área sugerida para se olhar durante uma conversa de negócios.
- –– O olhar social alarga o triângulo ao peito é comum quando se convive.
- –– O olhar intimo inclui o comunicador como um todo.
Um olhar fixo e longo é
típico dos superiores hierárquicos quando falam com os subordinados.
Expressam dominância e
agressão e também admiração. Enquanto comunicadores, estas pessoas tendem a ser
mais convincentes.
Há normas socialmente
aceites, relativamente à boa educação, de olhar fixamente para os olhos das
pessoas.
Se for um olhar longo
demais pode causar pouco à-vontade e ansiedade.
Não se deve estar
estarrecido a olhar fixamente para uma pessoa e inspeciona-la dos pés a cabeça.
Também não e apropriado
olhar para o chão e à nossa volta.
Isto significa que
estamos a esconder a nossa opinião e a não dizer a verdade.
Devemos começar a olhar
para alguém logo que encetamos a conversa com essa pessoa.
No entanto, devemos
começar a olha-la, ainda antes, se quisermos captar a sua atenção.
Por um lado, olhar nos
olhos é uma maneira de comunicarmos pontos-de-vista; por outro lado, é a
maneira do interlocutor ter uma reação por parte do ouvinte.
Um olhar aberto e direto
para os olhos de alguém é interpretado como um sinal de abertura e honestidade,
autoconfiança e firmeza.
Confiamos mais em alguém
que nos olha diretamente nos olhos quando conversamos.
O contacto visual
reduz-se se o comunicador estiver a esconder algo, se se tratar de uma
competição, uma pessoa malquerida, tensão ou medo.
Em muitas culturas
baixar os olhos a autoridade e aceite.
Num bom contacto visual
os nossos olhos fixam um e outro olho alternadamente.
Quando a pessoa começa a
falar, olha para nos, depois olha para outro lado e, quando para de falar, olha
para nós de novo.
O ouvinte esta
constantemente a olhar para essa pessoa, indicando que esta a ouvir.
Quando o nosso contacto visual passa para
outra direção, isto poderá ser visto como um sinal de distração ou falta de
interesse.
Significado das expressões oculares
Para compreender melhor
estas interpretações, observe os seguintes desenhos.
Através da observação podemos constatar a
mensagem ou o sentimento geral que os olhos transmitem.
Olhar
durante quanto tempo?
Sugere-se cerca de 80 a
90% do tempo. Menos do que isso, pode ser interpretado como desconforto,
tentativa de evasão, falta de confiança ou aborrecimento.
Quando se olha fixamente
muito tempo, pode-se ser interpretado como sendo direto demais, dominante ou
como pretendendo forcar as outras pessoas a sentirem-se desconfortáveis.
Não faz mal olhar para
baixo ocasionalmente desde que o seu olhar regresse rapidamente para a outra
pessoa.
Evite olhar por cima dos
ombros das pessoas como se estivesse a procura de alguém mais interessante com
quem conversar.
O contacto visual deve
ser mantido durante todo o processo de intercomunicação.
Os profissionais de
negócios tem de mostrar firmeza, segurança e calor humano, bem como interesse
pelo tópico que estão a abordar.
Os interlocutores não
devem perder o contacto visual, apenas quando a outra pessoa fala ou quando um
novo objeto ou facto é mostrado.
Temos de ter a certeza
que mantemos contacto visual direto quando nos estamos a despedir de alguém.
Ajudará a deixar uma
impressão positiva, forte e duradoura.
Uma máxima importante para finalizar:
“Olhe alguém nos olhos quando falar com
ela/ele. Deixe que os olhos lhe digam o que as outras pessoas realmente sentem”
Sorriso
No nosso quotidiano o
sorriso faz parte de um ritual de saudação e vem logo a seguir ao momento em
que nos encontramos, isto é, após o contacto visual.
Temos de sorrir sempre
quando damos um aperto de mão.
Podemos sorrir com os
olhos, ou com a boca.
Na comunicação direta o
sorriso é um símbolo extremamente importante de benevolência e boas intenções,
abertura de espírito e desejo de aceitação e de aproximação.
É uma expressão dos
nossos sentimentos e da nossa relação com os outros, o símbolo da linguagem
corporal, compreendida em todo lado, independentemente das diferenças
culturais.
Se um sorriso não é
sincero, não será agradável, mas apenas um esgar feio de lábios contorcidos.
O sorriso é uma das
expressões faciais mais importantes.
Os sorrisos mostram
interesse, entusiasmo, empatia, preocupação; criam um ambiente positivo e
agradável.
No entanto, os sorrisos
podem ser usados e abusados.
Normalmente os homens
sorriem quando estão satisfeitos e as mulheres quando querem agradar.
Sabe-se qual é o mais
poderoso!
Para ganhar e aumentar
respeito, afirme em primeiro lugar a sua presença numa sala e depois sorria.
A base das boas relações
e a nossa preparação para mostrar as emoções e para ajudar as pessoas a
expressarem os seus sentimentos.
O sorriso é um dos
movimentos da linguagem corporal.
Seria bom sorrir mais frequentemente, porque é grátis e
pode fazer uma grande diferença.
Temos de distinguir
entre sorriso e riso.
O riso é um sinal de
inteligência; no entanto, devemos evitar gargalhadas estrondosas com desdém ou
que provoquem o riso.
O riso constante e
exagerado pode ser grosseiro.
No escritório o uso do
riso deve ser apenas entre colegas.
Com os clientes, mesmo
que haja confiança devemos apenas sorrir.
Quando um visitante se
aproxima da receção, o rececionista deve sorrir diretamente para essa pessoa.
O mesmo deve acontecer
com os profissionais de atendimento que recebem clientes.
Devem sempre ter uma
expressão amistosa na face e um sorriso nos lábios, porque o sorriso está
ligado a uma irradiação positiva, pois vem de um bom sentimento interior que
põe a face mais relaxada.
É o que nós sentimos
quando olhamos para Japoneses ou Chineses. Tem sempre um sorriso, parecem
sempre satisfeitos, auto confiantes e relaxados.
Também há uma outra
questão importante a levar em consideração:
Deve-se sorrir sempre quando se fala ao
telefone.
As palavras pronunciadas
saem muito melhor e fazem com que o interlocutor se sinta mais à-vontade e mais
disposto a ouvi-los.
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