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quinta-feira, 17 de março de 2016

Comunicação Não Verbal - Linguagem Corporal III

Comunicação Não Verbal - Linguagem Corporal

Gesticulação


Comunicamos com as nossas mãos mesmo quando não estamos a falar.

Por essa razão, devemos lembrar-nos do papel da comunicação dos nossos movimentos de mãos e a atenção que despertam.


Apenas quando compreendemos o simbolismo e o significado dos movimentos, os gestos e a posição do corpo, é que podemos decidir por nós se queremos usar a gesticulação ou não.

É de vital importância que as nossas mãos estejam limpas e bem cuidadas.

As unhas devem estar cuidadas e cortadas; as unhas mostram a nossa condição de saúde, a vida interior e a relação que temos com o nosso corpo.

As unhas dos pés transmitem informação aos outros, quanto à nossa disciplina e capacidade de auto controlo, acerca das nossas frustrações e tensões.

Os gestos, juntamente com outra comunicação não-verbal, tal como a postura e a mímica facial, formam uma parte importante da linguagem corporal.

Se quisermos comunicar clara e eficazmente numa reunião é necessário usar gesticulação apropriada.

Vários gestos dão apoio adicional àquilo que dizemos.

Não podemos esquecer que um uso excessivo de gestos, tal como bater na secretária, causa sentimentos desagradáveis.

 É muito provável que uma tal conduta violenta desvalorize tudo o que dissermos.

Gestos individuais podem ser combinados de uma certa forma e apenas essa forma como um todo dir-nos-á o que o comunicador pensa de nós.


“Até que nós conheçamos as nossas mãos e aprendamos a controlá-las, diremos às pessoas o que desejamos esconder”
(Kneževič, 2001, p. 156).


A linguagem gestual revela:




Cruzar os braços ou as pernas na direção contraria da pessoa com quem se esta a falar, pode significar que estamos a rejeitar a mensagem que o interlocutor esta a transmitir.

Cruzar os dedos com muita forca, pode mostrar tensão ou irritação.

Cofiar o queixo pode ser uma maneira involuntária de dizer a outra pessoa que estamos a avaliar a situação.

Bocejar pode significar falta de interesse ou que e necessário fazer um intervalo.

Braços cruzados revelam uma atitude de defesa; dedos cruzados revelam equilíbrio de sentimentos.


Mostrar as mãos abertas e sinonimo de mostrar franqueza, sem ter nada a esconder.


“Os gestos devem ser os mesmos que faria se estivesse com os seus amigos ou no escritório. Aja naturalmente, sem gestos em demasia”

Coçar as mãos pode demonstrar expectativas positivas.


“Quando coça o olho e dirige o olhar para o outro lado, isso significa que não tem coragem para olhar a pessoa com quem está a falar porque está a mentir. Afastar a gola do pescoço significa que está nervosa porque está a mentir. Coçar a orelha é um gesto típico trazido da infância que significa que não quer ser repreendido”.


As mãos mostram agilidade e desenvolvimento normal da situação.

Por essa razão, uma posição natural deve ser adotada.

Estas não devem ser mantidas numa posição forçada, pois revelam insegurança.

As mãos devem seguir o ritmo da comunicação e devem ajudar a reforçar aquilo que queremos transmitir.

Os gestos aparecem em consonância com as palavras e as frases e devem ser interpretadas dentro do contexto em que são produzidos.


Apertar a mão


“Uma questão importante quando se cumprimenta um visitante e saber como cumprimenta-lo – se um baixar de cabeça é suficiente temos de esperar que o nosso visitante mostre interesse em apertar-nos a mão…”


“Apertar a mão é algo que nos vem dos tempos pré-históricos. No passado, os homens levantavam as mãos para mostrar que não tinham armas, não tinham más intenções e que vinham em paz. Este gesto foi-se modificando e hoje as pessoas estendem as mãos umas às outras e apertam-nas, o que na maioria dos países é feito no primeiro encontro ou nas despedidas .”


É a pessoa mais velha que primeiro oferece a mão. Um homem não estende a mão a uma senhora.

É ela quem deve tomar a iniciativa (exceção: o superior oferece a mão ao subordinado, se assim o entender).

Uma senhora sentada pode apertar a mão a alguém mais novo, ou um homem da mesma geração, sem se levantar.

Se ele ou ela for o anfitrião ou num contacto de negócios, ela ou ele deve levantar-se.

Enquanto uma senhora pode dar a mão com uma luva calcada, o homem deve sempre retira-la.

As mensagens transmitidas pelos movimentos das mãos são sempre muito mais persuasivas do que as mensagens verbais. Não só quando estão em movimento, mas também quando estão em repouso, atraem a atenção das pessoas. Podem mostrar impaciência, frustrações, insatisfação, comportamento despótico, alienação, inquietude, entre outros.

As formas possíveis do aperto de mão são as seguintes: aperto de mão simples, aperto de mão usando ambas as nossas mãos, aperto de mão incluindo o braço, aperto de mão batendo no ombro e apertar a mão dando igualmente um abraço.

Abraçar e bater no ombro pode ser sinal de celebrar um evento (por exemplo, desportistas).

A mão virada para baixo significaria autoridade, agressividade, enquanto a mão virada para cima pode significar lealdade e dependência.

O aperto de mão normal deve ser com as mãos de ambas as pessoas na vertical.

Aqueles que dão apertos de mão com a mão mole são considerados comunicadores fracos e desagradáveis.

Um aperto de mão forte demais é entendido como agressivo ou como sinal de carácter robusto.

Dar um aperto de mão apenas com os dedos é sinal que este não foi bem sucedido.




O toque


O toque é o principal dos sentidos; é um ato que se pratica com os dedos, mãos ou qualquer outra parte do corpo. 


O que nos interessa aqui é sobretudo o toque de mãos. 


O toque é a expressão do contacto mais íntimo com uma pessoa. 


Alterações emocionais diferentes ocorrem dentro de cada um de nós quando tocamos alguém, pois pode ser reconfortante, ou pelo contrário, desagradável ou mesmo repugnante.



Nas relações interpessoais, o toque pode ter também um efeito negativo, pois pode ser entendido como agressividade, uma interferência na personalidade do interlocutor.

Há numerosos fatores a considerar no que ao toque diz respeito, que derivam da cultura, da religião, dos hábitos, do contexto, do passado, do formalismo, entre outros, e que influenciam as pessoas quando se cumprimenta alguém.

Para cumprimentar Japoneses, não se lhes toca, apenas se baixa a cabeça, mostrando respeito e distancia. 

Se virmos dois amigos em Portugal, eles normalmente tocam-se durante uma conversa, com o intuito de captar a atenção, para mostrar simpatia ou, apenas, para mostrar ternura, o que e um comportamento natural nas culturas Latinas.


Significados possíveis para os contactos de mãos.




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